domingo, 23 de enero de 2011
Espaço intimo da Meditaçâo
A Prática da Meditação
Por que meditar?
Todo mundo deseja a felicidade embora pareça que poucos dentre nós a encontramos. Na nossa busca da satisfação passamos de um relacionamento para outro, de um emprego para outro, de um país para outro. Gastamos nosso dinheiro com aparelhos sofisticados de som, computadores, férias no sol. Ou tentamos voltar à Natureza, comer alimentos integrais, praticar ioga e meditar. Praticamente tudo que fazemos é uma tentativa de encontrar a verdadeira felicidade em coisas interessantes e evitar o contato profundo conosco mesmo. Temos medo desse contato porque ele está baseado no medo da ignorância, da raiva e do apego.
Não há nada errado com qualquer uma dessas coisas; não há nada errado em se conseguir relacionamentos e posses. O problema é que olhamos como se elas tivessem alguma habilidade inerente de satisfazer-nos, como se fossem as causas da felicidade. Porém elas não o podem ser - simplesmente porque não perduram. Tudo muda constantemente por natureza e eventualmente desaparece: nosso corpo, nossos amigos, todas as nossas posses, o meio ambiente. Nossa dependência das coisas impermanentes e nosso apego à felicidade multicor que elas trazem só causam desapontamento e dor, e não satisfação e contentamento.
Nós, de fato, experimentamos a felicidade com coisas exteriores a nós, porém isso não nos satisfaz verdadeiramente ou nos liberta de nossos problemas. É uma felicidade de qualidade inferior, inconstante e de curta duração. Isso não significa que deveríamos abandonar nossos amigos e nossas posses para sermos felizes. Pelo contrário, o que precisamos abandonar são nossas falsas concepções sobre eles e as nossas expectativas irrealistas a respeito do que eles podem fazer por nós.
De acordo com o Budismo, existe uma felicidade duradoura, estável; e todos possuem o potencial para experimentá-la. As causas da felicidade estão dentro da nossa própria mente, e os métodos para consegui-la podem ser praticados por qualquer pessoa, em qualquer lugar, em qualquer estilo de vida - morando na cidade, trabalhando num emprego de oito horas por dia, cuidando de uma família, divertindo-se nos fins de semana.
Praticando estes métodos - a meditação - podemos aprender a ser felizes em qualquer ocasião, mesmos nas mais penosas.
A Meditação é um método para familiarizar nossa mente com virtude. Quanto mais familiarizada com virtude nossa mente estiver, mais calma e serena ela se tornará.
Quanto mais serena estiver, mais ficaremos livres das inquietações e do desconforto mental e experenciaremos a verdadeira felicidade.
Se nossa mente não estiver serena, então mesmo que nossa situação exterior seja agradável, não seremos felizes. Entretanto, se treinarmos nossa mente para tornar-se serena, vamos ser felizes o tempo todo, até nas condições adversas e difíceis.
A meditação é uma atividade da consciência mental: envolve uma parte da mente que observa, analisa e lida com o resto da mente.
Se formos capazes de observar já não somos mais totalmente inconscientes. Estando conscientes podemos transformar.
A meta da meditação é despertar um nível de consciência extremamente sutil e utilizá-la para descobrir a realidade, direta e intuitivamente.
Meditação analítica
Compreensão conceitual de como são as coisas. É uma sessão de estudo intensiva que pode despertar um nível de pensamento conceitual muito mais sutil e potente daquele que possuímos no dia a dia.
Antes que possamos saber como são as coisas precisamos primeiro identificar nossas concepções erradas. Por isso, no LAM RIM meditamos inicialmente para desenvolver a renúncia, a determinação de escapar do sofrimento, de não estar sob influência dessas concepções errôneas. Depois meditamos para despertar o amor e a compaixão sinceros e por fim meditamos erradicando a concepção errônea, realizando a permanência tranqüila e a percepção da vacuidade.
Meditação analítica é a contemplação, é a base para a meditação estabilizadora. A Meditação analítica depende de ouvir, ler e receber os ensinamentos do Dharma.
Contemplamos os ensinamentos até que surge uma experiência: uma inspiração virtuosa, como um sentimento profundo de compaixão que leva a nossa mente a um pensamento claro e determinado. Quando esta sensação surgir, meditamos nela unifocadamente. Se a mente perde esta concentração, voltamos a meditação de contemplação até voltar a sensação despertada e poder concentrar-se nela novamente.
Meditação estabilizadora (ou posicionada na concentração unifocada)
Concentração dirigida num único ponto: a respiração, a natureza da mente, um conceito, uma imagem visualizada - sem interrupção.
Dizer para mente Pense e sinto isso!
As meditações estabilizadores e analíticas são complementares e utilizadas numa mesma sessão. A meditação de visualizações Tântrica também envolve essas duas etapas.
Bibliografia: COMO MEDITAR – um guia prático. Kathleen McDonald. Ed.Pensamento
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